Mihun (ou Mitch) é o protagonista de Honto, um humano sintético criado artificialmente, sem memórias, sem passado e sem propósito além daquele que lhe foi imposto. Com aparência jovem, carrega uma inocência quase ingênua, acreditando facilmente em tudo que lhe dizem.

Porém, dentro dele existe algo letal. Em combate, Mit desperta instintos assassinos incontroláveis, tornando-se uma força imparável sem sequer entender o que está fazendo. Para ele, lutar é tão natural quanto respirar... mesmo que não compreenda o motivo.

Mitch vive em constante contraste: por fora, um garoto comum e calmo; por dentro uma arma de matança moldada pela Lumi corrompida. Tendo sido criado para causar o caos, acaba se tornando uma peça fundamental no equilíbrio — ou destruição — do mundo de Honto.

Emi Harumi é uma humana sintética criada por Omori. Diferente de Mitch, ela nasceu com pensamentos próprios, uma personalidade única e um jeito irreverente de ver o mundo. Despreocupada, divertida e cheia de comentários sarcásticos, Emi não perde a chance de quebrar o clima tenso — mesmo quando tudo está desmoronando ao seu redor.

Mas por trás desse jeito brincalhão e descontraído, existe alguém extremamente habilidosa e perceptiva. Emi observa mais do que fala, entende mais do que demonstra e, quando necessário, sabe exatamente como agir para sobreviver.

Embora trate quase tudo como piada, ela carrega segredos, cicatrizes e sentimentos que raramente deixa transparecer. Entre eles, um afeto oculto (mas nem tanto) por alguém próximo...

Emi é a tempestade disfarçada de brisa leve — e subestimá-la pode ser o maior erro que alguém pode cometer.

Ichiro é mais um humano sintético criado por Omori, mas ao contrário dos outros, ele nunca aceitou ser apenas parte de um experimento. Desde o primeiro instante, carregou dentro de si a própria vontade, desafiando as expectativas de quem tentou moldá-lo como uma simples ferramenta.

Sério, reservado e com um olhar sempre desconfiado, Ichiro aprendeu a sobreviver em silêncio. Não pela força bruta, mas pela resistência. Foi submetido a testes cruéis, manipulações brutais e torturas constantes — tudo em nome do conhecimento distorcido de seu criador. Mas mesmo diante da dor e do caos, jamais perdeu sua essência.

Por trás da frieza aparente, existe um espírito inquebrável e uma mente estratégica. Ichiro observa, analisa e espera o momento certo. Para fugir, lutar e se libertar.

Omori não é apenas um homem. Ele é a própria essência da maldade vestida em pele e ossos. Um ser que transformou a ciência e a Lumi em armas de dominação, criando vidas artificiais apenas para servir aos seus propósitos obscuros.

Omori é a força invisível que move a tragédia, a escuridão que cresce onde a esperança tenta surgir.

Enquanto existir o caos, Omori existirá.

Jingara foi o primeiro. O protótipo. A experiência inicial de Omori em sua busca por vidas perfeitas moldadas pelo caos. Mas algo nele saiu... diferente. Instável, brutal e descontrolado, Jingara não fala — ele ruge. Não pensa — apenas caça.

Ele é a personificação do erro, um ser consumido por uma Lumi corrompida. Onde passa, a destruição é inevitável. Jingara não segue ordens como Mitch, não questiona como Ichiro, nem ri como Emi. Jingara só existe para fazer uma única coisa: aniquilar.

Para Omori, Jingara foi descartado como uma falha.
Para quem o enfrenta, ele é a certeza de que algumas criações nunca deveriam ter existido.